Tijolo: La Cabina (1972)

Estou apaixonado por esse que desde já entra para a minha lista de "melhores curtas que eu já vi!".
E entra com um belo chute na porta e tomando lugar de outros que outrora eram até então invencíveis nesse estilo.
Mas esse curta, feito para a TV é muito especial. Mas muito mesmo.
Feito com pouco orçamento e recursos, não se faz de bobo,prende o espectador o tempo todo com uma incógnita na cabeça que beira loucura.
e abocanhou vários prêmios também, merecidamente.

O roteiro é muito simples e nos mostra na abertura, uma compania telefônica qualquer, que chega com seu caminhãozinho e instala uma cabine telefônica comum, bem no meio de uma praça.

Então começamos a nos perguntar,"Porque" ou "Para que?"

Eis que entra em cena o ator José Luiz Lópes Vásquez que dotado de uma expressão facial e corporal absurda, entra na tal cabine que se fecha e o mantém preso.

Isolado.
Sem ter como sair, nem se comunicar, pois os vidros espessos não deixam nem ao menos o som sair, homem tenta ajuda como pode.
Mas tudo em vão.
E então mudamos as indagações . de "Porque?" vamos para "Por quem? e de "Pra que?" para "Para quem"? e logo logo outras perguntas se juntarão ao coro ,com sonoros "Mas como?", "Para onde?", sempre costurados com milhares de "porques?"...repetitivos e inevitáveis "porques?".

O diretor leva com maestria, desde o comecinho até o final, nos colocando na posição do protagonista e nos levando do riso ao sufocamento, passando pelo desespero e finalmente ,no seu próprio inferno, a loucura.

Um primor de curta que nos leva do céu cômico ao inferno indagando repetitivos e instigantes "porques?"